terça-feira, 4 de setembro de 2007

Fuso Horário


No século XIX, os ingleses criaram o conceito do fuso horário e dividiram a superfície terrestre em 24 fusos, repartiram a circunferência da terra pelo número de horas do dia. A hora zero foi contada a partir de Greenwich (Inglaterra). Do local para o leste, os horários foram somados; dali para o oeste, subtraídos.
As zonas horárias ou fusos horários são definidos em relação ao TEMPO UNIVERSAL COORDENADO (UTC), o fuso horário que contém Londres (quando não está no horário de verão), onde se localiza o meridiano de Greenwich, que divide o fuso horário.
Os meridianos são as linhas que partem de Greenwich (0°) até 180° a oeste e a leste, e convergem para os pólos.
O fuso horário surgiu da necessidade do conhecimento a nível mundial da hora adotada pelos países, pois era o que dificultava as comunicações.
No território brasileiro, a maioria dos Estados tem os horários idênticos ao de Brasília. Em nosso país os fusos horários foram adotados em 1914.
O Brasil por sua extensão acabou abarcando quatro fusos horários, divididos conforme identificam os seguintes mapas:





Em virtude de a Terra levar aproximadamente 24 horas para dar um giro de 360 graus, em uma hora terá percorrido aproximadamente 15 graus (360 dividido por 24 horas) ou um fuso horário. Em síntese, se o Sol, em seu movimento aparente de Leste para Oeste, num exato momento (perpendicularmente) iluminar um determinado ponto em Greenwich, será meio-dia; 11 horas a 15 graus de longitude Oeste e 13 horas e 15 graus de longitude Leste. Por convenção, todos os lugares abrangidos pelo mesmo fuso têm a mesma hora oficial, e bem diferente da hora solar.
O movimento de rotação influencia nos ritmos biológicos de animais e plantas. Os ritmos biológicos são eventos que oscilam em função do tempo e se repetem regularmente.
Muitos ritmos biológicos são associados aos ciclos geofísicos; Exemplo disso são os ciclos das marés, o ciclo claro-escuro (dia-noite) que determinam a fase para a atividade, para os animais diurnos, a claridade, para os animais noturnos, a escuridão.
Apesar de relacionados a um ciclo ambiental, tal ritmo é gerado pelo relógio biológico.
É importante, para a sobrevivência da espécie, que processos fisiológicos promovam e auxiliem a adequação do sistema ao seu ambiente, permitindo que percebamos os hábitos noturnos e diurnos de várias espécies.
O fato de ocorrer alternância do dia e da noite ocorre pelo movimento da rotação.
Assim como o calor alterna com o frio, a chuva substitui a seca, o dia substitui a noite, refletindo a caminhada ao redor do sol, a vida também se altera a cada estação, mudando o comportamento das espécies, que tratam de sobreviver da melhor maneira, como as plantas que em certa época germinam, em outra desabrocham, e em outra perdem as folhas, enquanto animais migram em certos meses e em outros se acasalam.
Os seres vivos também se adaptaram à alternância de luz e escuridão. Se há plantas que reservam para a fotossíntese os horários em que a luz é ideal, alguns insetos, como as abelhas por sua vez fazem vôos quando as flores liberam mais pólen, algo que elas percebem através da diferença na luminosidade do ambiente.
Em todas as espécies há fenômenos semelhantes por se repetirem com a regularidade de um relógio, de um calendário, ou de um ritmo.
Para manter o equilíbrio na preservação do ecossistema, há animais que se tornam presas fáceis a noite, outros de dia, devido a suas características de sobrevivência.
A raça humana possui a glândula denominada pineal, localizada próxima ao cérebro, tendo sua função regulada pela luminosidade do dia. Quando chega a noite tal glândula é desbloqueada, começando a liberar a produção da melatonina, que além de induzir o sono age como espécie de indicador de outros ritmos biológicos.
Plantas diurnas e noturnas para se reproduzirem, de acordo com sua tipologia, encontram condições de germinação e crescimento: na temperatura, composição do solo, luminosidade, ar e na quantidade de água para cada espécie, cada qual identificando-se nas estações do ano que propiciam a situação ideal.
Os vegetais têm alguma forma de sensibilidade que os faz responder a estímulos, tanto de origem interna como externa.
Os movimentos vegetais induzidos por estímulos externos dividem-se em Tropismos e Nastismos.
O Tropismo ocorre quando a direção do estímulo determina a direção do movimento, neste encontramos um subgrupo classificado com Fototropismo, caracteriza o crescimento do vegetal que se dá em direção ou na fuga da fonte de iluminação.
O Nastismo ocorre quando o estímulo externo provoca abertura ou fechamento nos órgãos do vegetal, neste encontramos o subgrupo da Nictinastia, são nastias causadas pelos fatores que variam conforme seja dia ou noite. Baseados nisto teremos: fotonastia (abertura e fechamento dos estômatos da flor rainha-da-noite), termonastia (onze-horas) e higronastias (folhas da azedinha e de algumas leguminosas que ficam meio murchas durante o dia e se tornam mais viçosas à noite).

Nenhum comentário: